A Criatividade como Essência Humana – Desperte a Arte que Há em Você.

A criatividade, em sua forma mais pura, não é um dom reservado a gênios isolados ou a profissões específicas como inventores, publicitários, artistas ou arquitetos. É, antes de tudo, uma capacidade inerente a cada ser humano, um potencial intrínseco de criar que reside em todos nós. No entanto, é comum observarmos que a espontaneidade criativa que borbulha nas crianças muitas vezes se esvai na vida adulta, obscurecida por crenças limitantes e pela pressão de um mundo que nos ensina a seguir roteiros predefinidos.

Mas e se a criatividade não for um luxo, e sim uma necessidade fundamental para a nossa existência e evolução? Mergulhando nas profundezas do potencial humano, podemos desvendar essa verdade.

A Centelha Inata: A Criatividade na Infância e o Paradoxo Adulto

Pense na curiosidade insaciável de uma criança, na sua capacidade de transformar uma caixa de papelão em uma nave espacial ou um simples galho em uma varinha mágica. Como bem aponta o projeto "IN ART", a criança vive em um estado de "criatividade inata", pronta para "co-criar a partir de dentro, de sua essência talvez encoberta". Ela explora o mundo com uma "mente de iniciante", sem os filtros do conhecimento pré-estabelecido, transformando o "não manifesto" em realidade tangível e experiencial.

Segundo Amit Goswami, esse é um período de "rápido crescimento quântico", onde a criança executa inúmeros "saltos quânticos" de pensamento, integrando novos contextos e significados. O desenvolvimento do ego, nesse estágio, é impulsionado por essa efervescência criativa, um processo que deveria ser de "contínua alegria e prazer" (CRIATIVIDADE PARA O SÉCULO 21, Goswami).

Então, o que acontece conosco? Por que essa chama muitas vezes diminui na vida adulta? O mesmo texto de Goswami sugere que, à medida que crescemos, os "estágios homeostáticos" da vida aumentam, e os "saltos quânticos se tornam cada vez menos frequentes". Nós nos tornamos condicionados, nossas respostas se fixam em padrões aprendidos, e o ego, antes um veículo de exploração, pode se tornar uma barreira que nos impede de acessar o "self quântico", a fonte de nossa verdadeira criatividade. A sociedade e seus "dogmas" (como o materialismo científico, que enxerga o ser humano como uma máquina material e a criatividade como uma mera combinação de ideias antigas) nos afastam da "liberdade de escolher o novo".

A Criatividade Não é um Luxo, é a Chave para a Sobrevivência e o Bem-Estar

Stuart Brown (autor do livro “Play” – tradução “Brincar: Como molda o cérebro, abre a imaginação e revigora a alma”), sobre o poder do brincar, afirma categoricamente: "o oposto do brincar não é o trabalho, é a depressão". Essa provocação, que ecoa profundamente na compreensão da criatividade, nos revela que a ludicidade e a capacidade de inovar são essenciais para a nossa saúde mental e emocional. O brincar, um dos pilares da Eu Soul Art, "ilumina o cérebro", desenvolve a memória contextual e aprimora a resolução de problemas, elementos vitais para a adaptabilidade humana. 

A criatividade, portanto, não é apenas para "inventores e publicitários"; é uma ferramenta de transformação e um caminho para o autoconhecimento, acessível a todos.

(Imagem de Borboleta, pessoa meditando, pai abraçando filho)

  • Para a Transformação Pessoal (Criatividade Interior): O conceito de "criatividade interior" de Goswami refere-se à capacidade de transformar o próprio ser, de transcender o ego e de se reconectar com uma identidade mais autêntica e holística. Jean Louiss, o idealizador da Eu Soul Art, integra em sua filosofia a arte como um "veículo para a transformação pessoal e o aprofundamento do autoconhecimento". Não se trata de criar obras para o mundo exterior, mas de esculpir a si mesmo, de descobrir novos significados e valores em sua própria jornada. É o "despertar da inteligência supramental", a busca por "amar incondicionalmente" ou por "vivenciar a beleza" em seu cotidiano.

(Imagem de T. Edson e A. Einstein)

  • Para a Resolução de Problemas e a Evolução (Criatividade Exterior): Em um mundo em constante mudança, a capacidade de gerar "novo significado de valor" em novos contextos é crucial. Amit Goswami argumenta que as crises (sejam elas pessoais, sociais, ambientais ou políticas) são "ocasiões providenciais para que as pessoas façam uso de criatividade". O "pensar quântico" nos liberta das amarras do "materialismo científico", permitindo-nos enxergar possibilidades onde antes só víamos determinismo. A inovação em ciência, arte e até nos negócios, depende dessa "descontinuidade" e dos "saltos quânticos" que impulsionam o progresso e a adaptabilidade humana. Sem criatividade, ficamos presos em velhos problemas e soluções obsoletas.

 

A Criatividade Como Ponte Entre Mundos

A filosofia da Eu Soul Art, que busca "a fusão vibrante de arte, design e o caminho do autoconhecimento", reflete essa necessidade universal. Jean Louiss, com sua formação multidisciplinar que abrange desde belas artes até Comunicação Não Violenta, encarna a crença de que a arte é uma "ferramenta para o desenvolvimento pessoal". Seu trabalho e seus workshops visam despertar a "coragem de criar" em cada indivíduo, convidando-os a "mergulhar em si, em cor, corpo e alma".

O público-alvo da Eu Soul Art, é alguém que anseia por "um refúgio, um ponto de ancoragem" em meio à "corre-corre diário". Para eles, a arte é um "elo tangível com o que me transcende, com o mundo invisível", um "amuleto visual que me fortalece". Essa é a criatividade em ação: a capacidade de encontrar significado e propósito, de transformar o ambiente (físico ou interno) em um santuário de bem-estar.

 

O Convite à Prática: Redescobrindo Nosso Potencial Criativo

A boa notícia é que a criatividade não é um talento fixo; ela pode ser cultivada. O "fazer-ser-fazer-ser-fazer" proposto por Goswami – uma alternância entre esforço consciente e relaxamento, entre o fazer e o ser – é uma prática que nos permite acessar o "processamento inconsciente", onde as "ondas de possibilidades" criativas proliferam. O "insight ah-ha", esse lampejo de iluminação, torna-se mais frequente quando nos permitimos a essa dança entre o controle do ego e a entrega ao "self quântico". No caso da pintura, junta-se tudo isso a uma prática constante.

Não é preciso ser um gênio para ser criativo. É preciso, sim, uma mente aberta, a coragem de questionar o que é dado como certo e a disposição para explorar o desconhecido. É preciso permitir-se "brincar", como sugere Stuart Brown, pois é no brincar que residem a curiosidade, a adaptabilidade e a verdadeira exploração das possibilidades.

Nesse caminho do autoconhecimento através do lúdico é preciso ampliar o conceito de brincar, para além do que estamos habituados a ver nas brincadeiras das crianças. O que é lúdico para uma pessoa pode não ser para outra. A ludicidade não está no brinquedo, no objeto, mas sim internamente em cada ser, chama-se estado lúdico e pode ser despertado.

A criatividade é a nossa bússola em tempos de crise, a linguagem da alma que nos conecta ao "metafísico" e ao "invisível", e a força que nos impulsiona a uma evolução contínua. 

Desperte a arte que há em você. Permita-se ser um "ativista quântico", transformando a si mesmo e o mundo, um salto criativo de cada vez.

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